domingo, 31 de dezembro de 2017

Aquele texto de fim de ano que eu sei que vocês gostam


Eu comecei a escrever esse texto de outra maneira e não deu certo porque não era aquilo que eu queria dizer. Eu pensei em falar das minhas conquistas pessoais e de como eu precisei me esforçar para alcançá-las, mas ainda não era isso que eu queria dizer.

Se eu tiver que dizer algo sobre 2017, tem que ser sobre como Deus foi misericordioso e sobre como Ele me amparou na luta contra mim mesma. Esse ano eu percebi que estava errada todo esse tempo – sobre quem eu sou, sobre como devo agir, sobre quem é verdadeiramente o Filho de Deus.

Foi preciso me perder completamente para que eu começasse – apenas começasse – a entender quem é essa Ana Beatriz e o que ela realmente quer. E quando digo me perder, é me perder MESMO. Foi preciso que as minhas boas intenções ferissem as pessoas que eu amo para eu pudesse entender que amor é mais sobre o que a gente faz do que sobre o que a gente sente. Foi preciso que eu olhasse ao meu redor e não conseguisse enxergar Deus para – finalmente! – descobrir que a verdadeira morada dele sou eu.

Talvez você se espante com isso, afinal, eu passei os últimos cinco anos ouvindo e dizendo que nós, pobres seres humanos, somos a casa de Deus, mas outra coisa que eu descobri esse ano foi a falibilidade dos nossos discursos. A nossa incrível habilidade de deixar a história de Jesus ser apenas mais uma história contada, e não a nossa história com Jesus.

E eu preciso dizer também que em 2017 eu cometi pecados que eu tinha a certeza absoluta de que não cometeria. Me peguei com a mente cheia de vaidade e egoísmo, de intolerância e rancor. É verdade. E eu não tenho vergonha de falar sobre isso, porque sei que pelo sacrifício dele eu sou justificada. Não tenho vergonha porque, durante a minha caminhada, tive o privilégio de encontrar pecadores tão arrependidos quanto eu, que me mostraram o amor incondicional do Pai. Não tenho vergonha porque talvez você esteja, nesse momento, com vergonha de quem é e precisando ouvir (ler?) que você não é o único que não presta nesse mundo.

A mensagem da cruz, que eu havia recebido de coração aberto aos 14 anos, estava se perdendo em mim. Eu me apeguei mais ao fato de que eu não merecia o amor de Deus, ao invés de me apegar na certeza que ele dá o amor àqueles que não merecem. Eu enchi a minha mente de julgamento contra mim mesma, e esqueci do meu fiel Advogado. Mas vai ver que foi necessário que tudo isso acontecesse – as perdas, as dores, as dificuldades... foi preciso que 2017 me colocasse no meu limite para que eu finalmente parasse de tentar carregar as coisas sozinha e confiasse no amor de Deus.

Esse não é um texto poético, tampouco harmônico. Esse não é um texto emocionante, lindo, nem mesmo um texto que você queira ler mais de uma vez. Esse não é um texto muito bem organizado. Mas esse é um texto que reproduz quem eu tenho sido nos últimos meses: alguém que com certeza não é atraente aos olhos de Deus, mas que é dedicada a ele. Esse é um texto para falar que o amor de Deus vai além de qualquer rima preciosa, trocadilho bem posicionado ou texto bem estruturado. Vai além de uma vida perfeita.

Esse texto é sobre uma pessoa que encontrou no amor de Deus forças para lutar contra seu pior inimigo – ela mesma. Sobre alguém que se permitiu sofrer as dores de confessar os pecados e admitir que está errada, muito errada. Continuo errada. Uma errada aperfeiçoada pelo amor do Pai, sim, e que aos poucos tem superados seus erros, mas ainda uma pessoa errada.

Ainda tenho muito que melhorar. Acho que você não faz ideia do quanto. Mas eu não tenho mais medo. Medo de dizer quem sou e de falar sobre o que Deus tem feito na minha vida. Medo de confiar nesse amor tão absurdo que vai além dos meus pecados e do meu orgulho. Eu não tenho medo de viver. 

domingo, 24 de setembro de 2017

Resenha - Harry Potter e a Criança Amaldiçoada



2017 mal começou e já está me trazendo resultados maravilhosos. Eu sei que você está lendo isso no mês de setembro, mas ontem, dia 02 de janeiro, eu comecei e terminei de ler o oitavo livro da saga Harry Potter – Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (na hora de pronunciar sai almadiçoada, amadilçoada, sai tudo, menos o jeito certo rs). Fiquei muito feliz e satisfeita comigo mesma por isso (que presentão logo no início do ano, hein) e gostei bastante do livro. Por conta disso, resolvi compartilhá-lo aqui com vocês.




Primeiramente, quero falar sobre a edição. Me apaixonei por essas duas capas do livro, tanto a de dentro, quanto a de fora! A parte de dentro é capa dura, também conhecida como hard-cover, e a de fora se chama jacket. Achei muito lindas as duas, e elas expressam muito bem a tensão vivida no livro.

As páginas são bem grossinhas e amareladas, duas coisas que me agradaram bastante – acho mais fácil de ler sem cansar quando as páginas não contrastam muito com as letras. 


Para minha surpresa, o livro é na verdade o roteiro de uma peça. Geralmente, eu não consigo me concentrar para ler livros assim, mas com HPCA (já somos íntimos e tal) foi completamente diferente: a leitura é simples, direta e dinâmica, contendo mais diálogos do que descrições. Mas mesmo assim, é muito fácil de imaginar a situação e mergulhar dentro do livro.

Não sei se acontece com vocês, mas quando um livro me pega de verdade (ui) eu geralmente reproduzo as emoções dos personagens, então, na maior parte do tempo, estava aflita, tensa e ansiosa. Não é como os outros livros de Harry, que tem pausas felizes entre os momentos de tensão – é tensão a todo instante! O que, aliás, é outra novidade que eu aprovei bastante!

Bonequinhos que eu tenho desde criança de Rony e Hermione.

A história é a seguinte: Dezenove anos depois, o filho do meio (nossa, que expressão esquisita) de Harry e Gina está indo para Hogwarts. Seu nome é Alvo Severo e ele está com medo de ir pra Sonserina. No trem, ele conhece Escópio Malfoy e de cara eles já se dão muito bem.

Chegando em Hogwarts, o que acontece? Isso mesmo, os dois vão a Sonserina. O problema é que, chegando lá, ambos começam a sofrer bullying – Escórpio porque corre um boato de que é, na verdade, filho de Voldemort, e Alvo porque é completamente diferente do que se espera do “Filho de Harry Potter”, e isso só os une ainda mais.

Para deixar a situação ainda mais complicada, o relacionamento entre Harry e Alvo é péssimo e é em cima da rebeldia de Alvo que a história se embasa.

Achei a história bastante adulta, abordando situações que eu nunca tinha visto antes em HP. Harry sendo bem mais humano do que imaginávamos, tendo problemas com a família, consigo mesmo e xingando a memória de Dumbledore que está nos quadros; Malfoy sendo gente boa e frágil, revelando sua solidão e – pasmem – seus sentimentos; além de tudo isso, a exposição do fato de que ser da Sonserina não significa ser uma pessoa ruim ou preconceituosa, como nós concluímos nos primeiros livros. 




Apesar de toda tensão, o livro é recheado de piadinhas internas, como já estamos acostumados em ver nos demais livros, porém achei que o humor expresso em HPCA é mais real, mais cotidiano.

Enfim, pessoal, superecomendo o livro pra quem já leu os demais. É importante ressaltar que ele é uma continuação, não uma história à parte, sendo necessário que você tenha lido os outros sete livros para entender aqui. A história é muito envolvente, fácil e empolgante. Do jeito que nós, fãs de Harry Potter, amamos (não vou usar o termos Potterheads, acho muito feio, esquisito e desnecessário).

Muito obrigada, galerinha!

Abraços quentinhos! 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Um post qualquer numa madrugada chuvosa

Plena e de cabelo longo no meu aniversário de 18 anos. SDDS. 2016.
Estou escrevendo este texto diretamente do blogger. Sem revisão, sem mudanças, sem talhar. Sem parnasianismo.

Hoje é quarta-feira, e tá chovendo lá fora. 

Já faz muito tempo que não escrevo aqui. Na verdade, já faz muito tempo que não escrevo livremente. Eu poderia culpar a tal da vida adulta, poderia culpar a correria do dia a dia, ou até mesmo os eventos que me machucaram, me fizeram desacreditar de mim mesma, mas a verdade é que a culpa é todinha minha. Eu poderia ter lutado contra tudo isso e ter me imposto, pode ter certeza. 

Ah, mas não se preocupe! Eu não falo isso com pesar, ou com remoço. Aconteceu dessa forma, e fazer o que? De qualquer forma, todas as fases da vida, escritas ou não, são construtivas. E eu não escrevi, é verdade, mas senti dor e me curei. Me afastei de pessoas que me faziam mal e estou começando novas amizades saudáveis com pessoas incríveis. Não escrevi, mas entrei na faculdade e consegui um emprego muito maneiro (leia-se: um emprego que não exige tanto de mim). Cortei meu cabelo e ele já cresceu bastante. Tive um aniversário verdadeiramente desastroso. Fiz coisas bem bacanas no laboratório de Química, passei direto (com muito sufoco e poucas noite de sono, não nego) em todas as matérias do primeiro semestre. Já gripei duas vezes desde junho e parece que amanhã vou acordar gripada novamente. Aprimorei meu inglês ao ponto de assistir filmes sem legendas. Conversei muito com Deus. Ampliei meus horizontes e voltei a sonhar de maneira mais ousada. Voltei a sonhar os meus sonhos, sem interferências.

Estou escrevendo isso para mim mesma. Para me mostrar as coisas incríveis que me aconteceram nesse tempo de deserto. Para me mostrar que não importa quão fresco seja o ar no topo da montanha, é no vale que vida acontece. Estou escrevendo isso porque eu sei que sou escritora e não posso ficar sem escrever. Estou escrevendo isso desesperadamente, mal olhando para o teclado, porque isso tudo me faz feliz. Even the pain. 

Tá chovendo lá fora, mas parece estar lavando aqui dentro, no meu quarto, no meu peito. E esse barulhinho uniforme das gotas caindo no meu telhado me acalmam, me fazem imaginar essa mesma chuva caindo sobre o meu teto em um lugar diferente. Me fazem acreditar em mim. 

Eu sei que fugi do "padrão" dessa vez. Sei que minhas palavras saíram como que vomitadas e carregadas de meninice, mas, apesar da obrigação de não ser, eu também sou menina rs. Eu também não fico legal de vez em quando, e nem sempre eu quero dizer de forma subjetiva, atribuindo a personagens fictícios as minhas emoções. Às vezes eu só quero ser Bia e falar de uma forma nada poética algumas coisas que tenho guardado em mim. E eu escrevo, mesmo que ninguém vá ler, porque meus amigos estão me lembrando de quem eu sou. A eles dedico esse texto mal escrito e minha sincera gratidão.

Abraços quentinhos,

Bia.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Aquele papo de renovação, etc e tal

Meu primo Caleb se divertindo na praia. 2015.

E depois de tanto tempo (XX meses), aqui estou eu novamente! E aí, pessoal, tudo beleza?

Eu imagino que do outro lado da tela estejam carinhas com reações bem diferentes uma da outra... Alguém está feliz por eu ter voltado a blogar; alguém tá olhando com cara de incredulidade, não acreditando que eu realmente voltei e não acreditando que eu terei disciplina para permanecer (que feio); independentemente da sua carinha aí do outro lado, aqui estou eu, do meu lado, com a minha carinha de fé e esperança!

Primeiro de janeiro sempre é um dia muito especial para mim. Sempre estou inspirada, tranquila, confiante.... Esse ano, apesar de eu não ter sentido a "Magia de Virada de Ano", estou aqui, no primeiro de janeiro, inspirada, feliz e confiante. E após ter curtido um dia bacaninha no sítio de um tio (irmão da minha vó - não que você se importe) tomando banho de piscina e aproveitando a companhia da minha maravilhosa família, ouvi da prima do meu pai que sentia falta das minhas postagens. Aquilo soou como um "UAAAAAAAAAL" na minha mente.

Eu sendo normal e magrelinha na praia com minha tia. 2015.

Pra você entender melhor o que eu senti naquele momento. Eu sou uma pessoa normal de 18 anos, que mora num bairro massa de uma cidade maravilhosa. Trabalho, vou pra escola, ouço reclamação da minha avó quando chego muito tarde em casa, tenho medo de atravessar a rua fora da faixa e amo suco de laranja. Nada que não exista também perto de você. Aí uma mulher que já atuou em novelas da Globo, trabalhou na produção do filme de ALCEU VALENÇA e viveu altas coisas maravilhosas e empolgantes, disse que acompanhava e meu blog e que fazia tempo que eu não blogava. UAAAAAAAAAAL.   

Não sei de vocês já perceberam, mas eu sou um pouco desanimada quando o assunto é blogar. Amo muito compartilhar com vocês meus textos, minhas ideias, minhas receitas... E amo mais ainda saber que as pessoas se identificam com isso. Contudo, o baixo índice de visualizações me deixa um pouco triste e desanimada. Então, no meio do meu desanimo e desistência, aparece alguém para me lembrar que sim, o meu blog é visto. Acima de tudo, aparece alguém no primeiro de janeiro para me lembrar disso. Algo mais "UAAAAAAAL" do que isso?

Então, para a alegria de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico. Fico no blog, fico nos meus textos, fico perseguindo o meu sonho. Estou pronta! Estou pronta para transformar minhas experiências em textos e mostrá-los a vocês! Estou pronta para falar sobre livros, filmes, receitas, falar qualquer besteira. Sabe por quê? Porque apesar de toda a dificuldade para manter o blog e de vocês, meus leitores, serem poucos, vocês existem, vocês estão aí. Estou aqui por vocês e por mim!

Muito obrigada a você que me acompanha. A você que lê isso. Obrigada, Vitória, por ter sido e estopim desse novo Aurora no Papel. Obrigada a todos os meus familiares e amigos e me apoiam com esse e com todos os outros sonhos!

Gostaria, contudo, de informar a todos vocês que estou "abandonando" o blogspot e adotando o wordpress. Como ainda não sei usar essa nova plataforma (gente, até agora não consegui editar a página "sobre"!) as coisas não estão prontas por lá. Como eu disse, decidi hoje mesmo que voltaria e aqui estou eu. A data para a volta do blog já está marcada: dia cinco de fevereiro!

Até lá, estarei preparando novos conteúdos pra você e aprendendo a mexer naquele trem. Tornando a página com a nossa cara, com a cara Aurora no Papel. 

Obrigada por tudo, queridos! Nos vemos em fevereiro!



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