Plena e de cabelo longo no meu aniversário de 18 anos. SDDS. 2016. |
Estou escrevendo este texto diretamente do blogger. Sem revisão, sem mudanças, sem talhar. Sem parnasianismo.
Hoje é quarta-feira, e tá chovendo lá fora.
Já faz muito tempo que não escrevo aqui. Na verdade, já faz muito tempo que não escrevo livremente. Eu poderia culpar a tal da vida adulta, poderia culpar a correria do dia a dia, ou até mesmo os eventos que me machucaram, me fizeram desacreditar de mim mesma, mas a verdade é que a culpa é todinha minha. Eu poderia ter lutado contra tudo isso e ter me imposto, pode ter certeza.
Ah, mas não se preocupe! Eu não falo isso com pesar, ou com remoço. Aconteceu dessa forma, e fazer o que? De qualquer forma, todas as fases da vida, escritas ou não, são construtivas. E eu não escrevi, é verdade, mas senti dor e me curei. Me afastei de pessoas que me faziam mal e estou começando novas amizades saudáveis com pessoas incríveis. Não escrevi, mas entrei na faculdade e consegui um emprego muito maneiro (leia-se: um emprego que não exige tanto de mim). Cortei meu cabelo e ele já cresceu bastante. Tive um aniversário verdadeiramente desastroso. Fiz coisas bem bacanas no laboratório de Química, passei direto (com muito sufoco e poucas noite de sono, não nego) em todas as matérias do primeiro semestre. Já gripei duas vezes desde junho e parece que amanhã vou acordar gripada novamente. Aprimorei meu inglês ao ponto de assistir filmes sem legendas. Conversei muito com Deus. Ampliei meus horizontes e voltei a sonhar de maneira mais ousada. Voltei a sonhar os meus sonhos, sem interferências.
Estou escrevendo isso para mim mesma. Para me mostrar as coisas incríveis que me aconteceram nesse tempo de deserto. Para me mostrar que não importa quão fresco seja o ar no topo da montanha, é no vale que vida acontece. Estou escrevendo isso porque eu sei que sou escritora e não posso ficar sem escrever. Estou escrevendo isso desesperadamente, mal olhando para o teclado, porque isso tudo me faz feliz. Even the pain.
Tá chovendo lá fora, mas parece estar lavando aqui dentro, no meu quarto, no meu peito. E esse barulhinho uniforme das gotas caindo no meu telhado me acalmam, me fazem imaginar essa mesma chuva caindo sobre o meu teto em um lugar diferente. Me fazem acreditar em mim.
Eu sei que fugi do "padrão" dessa vez. Sei que minhas palavras saíram como que vomitadas e carregadas de meninice, mas, apesar da obrigação de não ser, eu também sou menina rs. Eu também não fico legal de vez em quando, e nem sempre eu quero dizer de forma subjetiva, atribuindo a personagens fictícios as minhas emoções. Às vezes eu só quero ser Bia e falar de uma forma nada poética algumas coisas que tenho guardado em mim. E eu escrevo, mesmo que ninguém vá ler, porque meus amigos estão me lembrando de quem eu sou. A eles dedico esse texto mal escrito e minha sincera gratidão.
Abraços quentinhos,
Bia.
Hey que legal
ResponderExcluirGostei muito, vc ESCREVEU de novo aqui parabéns
OBRIGADAAAAAA POR TUDO
ExcluirMuito bom o post
ResponderExcluirObrigada, Luqui! ♡
ExcluirGente, como eu nunca descobri esse teu lado? chesus
ResponderExcluirHahahahha pois é, unknown! Obrigada pela visita e por separar um tempinho para "me ler"! Volte sempre!
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