segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Um texto sobre Porto Seguro



Saímos de Conquista umas dez horas da noite, quase perdendo o ônibus por causa do atraso de uma família que sempre se atrasa e chegamos em Porto Seguro umas quatro e meia da manhã.O Sol estava nascendo e, apesar de não haver nenhum indício do mar, eu sabia em que direção ele estava. Não por ouvir o barulho, não por conhecer a região, apenas por saber onde ele estava.



O Sol começou a subir majestosamente do leste quando o ônibus em direção a Cabrália, uma cidade pequena ao lado de Porto Seguro na qual ficamos, chegou. Nosso trajeto pode então ser resumido em uma paisagem maravilhosa vista da janela do lado direito do ônibus: os raios de Sol beijando o Mar num “olá” que poderia muito bem ser uma despedida – quem poderá saber? Sabemos apenas que beijos de amor, tanto de encontro quanto de despedida, são beijos de amor, e assim beijava o sol o mar azul com seus raios dourados.


Chegamos então ao nosso destino temporário: a casa, um lugar que não nos pertence, não nos representa, mas po, é uma casa de praia, como não amar?

Depois de termos dormido, fomos acordadas (minha irmã, minha prima e eu) por um chamado irresistível "Praia!", e por isso nos apertamos uma no colo da outra em um carro que também não nos pertencia, mas de boa, tava levando a gente pra praia, né? É o que importa!

A praia foi como a praia saber ser; o mar foi como o mar sabe ser; o céu foi o céu como o céu saber ser; o Sol foi o Sol como o Sol saber ser. E nós fomos nós como aprendemos a ser com a praia, o mar, o céu e o Sol. 


O mar estava calmo – parecia ter gostado dos beijos do Sol – mas isso não foi motivo para diminuir a nossa restrição de ir mais para o fundo, mais adiante. E nesse mar calmo, ali no raso mesmo, fomos também beijadas pelo Sol, que deixou em nossos corpos sua marca.

Fomos lambidas, possuídas pelo mar manso, que fez arder em nossos corpos chama de sua infinita paixão, tão sem limites quanto ele mesmo é. Tão profunda, misteriosa, rica e bela como ele mesmo é. Fomos, enfim, expostas ao céu sorridente que, todo orgulhoso, contemplava a sincronia entre corpo, mar e sol, dançando com o movimento perfeito e solto das ondas.


Na hora de ir embora, não foi uma despedida. Era o nosso primeiro dia com o mar, haviam mais dias para amar o mar infinito. 


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2 comentários:

  1. Parabéns pelo post, amei <3 Visite meu blog, fiz um post para você se inspirar em gatos!!!

    http://realcedagarota.blogspot.com.br/2016/01/inspire-segatos.html

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