terça-feira, 17 de abril de 2018

Você




É claro que eu iria escrever sobre você. Impossível deixar guardado em meu peito cada detalhe lindo desses dias maravilhosos ao seu lado. Impossível fingir que tudo isso não me inspira para escrever, rimar, viver.

É claro que eu escreveria sobre a forma que você me olha de volta quando começo a te encarar – e sobre a forma que você fica tímido quando eu faço isso. E parece que, nesses instantes de eternidade, a gente se entende muito mais do que quando trocamos palavras – e olha que conversar é o que fazemos de melhor. Parece que, de uma forma muito interessante, a sua timidez se encaixa perfeitamente nesse jeito todo extrovertido e sem vergonha na cara que eu tenho. Parece que sempre foi assim.

É claro que eu escreveria sobre quão raro e especial é andar pelas ruas da cidade de mãos dadas com você. Inclusive, é melhor já ir se acostumando com minhas demonstrações exacerbadas de sentimentos. Ninguém mandou você dizer que detesta andar, mas que ama andar comigo. Agora já era.

Eu também não poderia deixar de registrar como tudo isso tem sido especial para mim. Não poderia deixar de tornar mais real, por meio das minhas palavras, toda a beleza que se esconde por trás desses cílios enormes que você tanto reclama. E não só em seu olhar, mas em todos os gestos, todas as palavras. Em todas as vezes que acordamos mais cedo só pra podermos ter uma conversinha rápida pelo celular. Em todas as vezes que fizemos o outro rir, mesmo a 156 km de distância. Em todas as coisas que só nós dois entendemos. É essa beleza que tem feito meus dias melhores e mais coloridos.

Obrigada por tanta cor, jovem Padawan.
Agora já era, eu já escrevi sobre você.

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