quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Jaz aqui uma borboleta

Por Ana Beatriz Novaes
Revisão de Moane Paim



Foto: Ilnanda Dias

Quem diria que as asas tão frágeis de uma borboleta pudessem enfrentar ventos tão tortuoso? E quem poderia imaginar que asas tão fortes parariam de bater e seriam carregadas por um simples sopro?
A borboleta, que tanto pelejou para chegar ao auge da vida só queria poder viver outra vez - ainda que fosse lagarta, ainda que não pudesse voar -, porque bem sabe a borboleta que não há voo maior que enfrentar esses vendavais da vida.
De nada adiantou à pobre borboleta todas suas belas cores, sua transformação. Morrer lagarta seria tão morte quanto a morte de borboleta.
Afinal, se tudo vai morrer, de que adianta viver?
A beleza tá na vida, não na borboleta.


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