Essa frase me tomou a mente durante todo o dia. Ora, vejam só! Que dos males mundanos o meu é o pior, não há cura humana para um espírito atormentado. Eu com meus fantasmas, tormentos e rancores, me dou bem, há muito acostumado.
Porém, a ciência humana insiste em me dopar, não sei em que convenção ficou estabelecido que um homem drogado é melhor aceito que um pobre diabo infeliz. Esse último, ao menos tem conhecimento das dores que lhe apertam o peito.
Tenho pílulas para que a noite me traga bons sonhos, ao acordar tenho à ingerir as pequenas cápsulas que me proporcionam euforia (mas não alegria), quando sento-me no intuito de vir à escrever, o efeito dos comprimidos me faz ficar alerta demais para conseguir exprimir em papel a minha solidão.Da vida que tenho tido, são poucos os anos que ainda me restam. Gostaria de ao menos poder aproveitar todas as lacunas não preenchidas do meu peito vazio.
Aos românticos peço perdão, por maldizer tantas vezes os poemas enamorados. Pobre poeta é aquele que passa toda uma vida tentando comunicar aquilo que nunca lhe foi permitido sentir, seja por decreto social ou medo de ser banal.
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