terça-feira, 30 de junho de 2015

Faça você mesmo - Campanha Conquista Solidária




Mobilizados com a situação precária dos morados de rua diante das temperaturas baixas que a cidade apresenta, e eu uns colegas resolvemos nos juntar para fazer uma campanha de arrecadação de agasalhos (roupas e cobertores) com o intuito de distribuir o material, juntamente com um sopão, para moradores de rua de Vitória da Conquista, BA, cidade onde moramos. Queremos proporcionar pelo menos uma noite mais aconchegante pra quem precisa e infelizmente, vive uma situação de partir nossos corações.  

Estaremos coletando doações, tais como agasalhos, cobertores, alimentos e até mesmo ajuda financeira na Praça Guadalarara, famosa Praça do IEED (Antiga Normal), e também em frente a Panvicon no Terminal Lauro de Freitas.   Quem não for daqui na cidade e quiser colaborar com alguma coisa, peço que por favor, entre em contato comigo no email novaes23@outlook.com, ou até mesmo por comentários.  

E aliás, galerinha, vocês mesmos podem fazer isso também. Quando o termo "Faça você mesmo"  é usado em algum lugar, as pessoas geralmente estão se referindo a coisas que você pode fazer sozinho em casa, com itens do dia-a-dia, sem precisar gastar horrores, comprando. Quando ouço "Faça você mesmo", sempre penso em coisas que geralmente entregamos às autoridades  mas que está totalmente ao alcance das nossas mãos. Não adianta olhar pras pessoas passando frio e fome e pensar "poxa, alguém deveria fazer alguma coisa". FAÇA VOCÊ MESMO!   

Então, você que não é de daqui de Conquista, mobilize sua cidade. Chame seus amigos, familiares, o pessoal da igreja... Enfim! Existem pessoas com um potencial enorme para ajudar os outros, mas que muitas vezes só precisam de um empurrãozinho e um pouco de organização. 

Vamos lá, faça você mesmo! Está tudo ao alcance de suas mãos!

Doações, dúvidas, sugestões:

  • Fabrício Magalhães: (077) 8811-4527
  • Elaine Santos: (077) 9806-5156
  • Andressa: (077): 9140-2553

domingo, 28 de junho de 2015

As filhas de Anísio


Você me disse para não usar nada que não fosse apenas nosso, e pude chegar a conclusão que ainda que eu quisesse, não conseguiria. Fui de Raul a Caeteno, de Geraldo a Humberto, e não há nada do que eles digam que seja capaz de definir isso que somos nós.  

As filhas de Niba, que são irmãs, mas que mais ainda, são amigas. As duas irmãs, Flávia e Ana Beatriz (no bom dia meio-dia), uma pela outra, uma com a outra, uma na outra.  


Somos nós, poxa, apenas nós na nossa constante agonia e sede por revolução, somos nós com planos se traçam a sós, com sonhos revolucionários tidos como tolice. Pensei a respeito de tudo que já vivemos, em tudo que somos, e cá entre nós, nem eu poderia escrever algo a atura. Sinto muito. Sinto muito se você espera de mim algo tocante, belo e poético: se nem Raul nem Humberto conseguiram, por que eu o faria? 

E aqui estou eu, com a dor de cabeça da minha embriaguez, com as mãos nervosas tremendo, a garganta seca por gritar: é amor, o que mais precisa ser dito? 


É amor, minha querida, todas as vezes que escapamos do mundo lá fora e nos trancamos no quarto para juntos chorarmos, para sofrermos a dor que se torna nossa, mesmo quando é só minha.  É amor, não sou o único a dizer isso. É amor quando nossos corpos se aquecem mesmo sob um coberto frio e fétido de umidade em um apertada cama de solteiro, e ali, no meio do silêncio entre uma respiração e outra, nossas mãos se encontram pra dizer "é amor". Eu sei que dizem. 


É amor não só por sangue que corre espontaneamente, mas por sangue que estanca de vontade própria. É amor nas palavras não ditas quando dizemos adeus, nas risadas bobas a caminho da roça ao som de Renato, ao som de Wellington, ao som de nossas risadas que se tornam a mais bela melodia. É amor na certeza de que ainda que as coisas mudem, ele não mudará. 


Aquele amor que está nas fugas adolescentes e na responsabilidade adulta. Amor que nem sempre sabe ponderar, nem sempre sabe a hora certa de agir, mas age por amor, e é isso que basta. Isso que basta nos meus momentos de solidão quase diária, isso que basta para me dar um tapa na cara e mostrar que eu não  só nessa parada. É o basta para me fazer ter esperança de que sim, há alguém que irá me receber quando eu precisar de colo mesmo quando estiver com raiva de mim. Há alguém para me guiar mutuamente nessa loucura que é a vida, para me guiar e buscar comigo alcançar um equilíbrio: não queremos ser sóbrias demais, nem bêbadas demais. 

Porque somos uma a racionalidade que a outra precisa, somos a lágrima enxuta no momento certo, as crianças que brincam no balanço em um passado muito distante,  os adultos que se lembram da doce e intensa juventude. Somos a dança estranha com gente mais estranha ainda, em um mundo que fazemos com que todas as coisas sejam normais. Somos filhas distintas que resolveram se juntar apesar das divergências e distinções. Somos o amor feito como escolha, e não como acaso.
"Amor que eu pensei, mas todo pensar é torto...". Somos o nosso amor em meio aos nossos erros e acertos, mas que já é um grande amor apenas por tentar.



sexta-feira, 26 de junho de 2015

Resenha - Harry Potter e a Pedra Filosofal



Sr. H. Potter
O Armário Sob a Escada
Rua dos Alfeneiros 4
Little Whinging
Surrey.


Uma carta é endereçada a um menino magricela a quem coisas estranhas aconteciam, mas  que se julgava completamente normal. Morava na casa dos tios, no armário sob a escada, uma vez que seus pais haviam morrido em um acidente de carro. 

“ACIDENTE DE CARRO? ACIDENTE DE CARRO MATOU LÍLIAN E THIAGO POTTER?” Essa é a reação do bruxo Hagrid ao descobrir que os tios de Harry  contaram tal mentira durante dez anos ao menino. Os pais de Harry, na verdade, foram mortos por um terrível bruxo das trevas, vulgo Voldermot, que por alguma razão sobrenatural não conseguiu matar o próprio Harry, que na época tinha apenas um ano de idade, perdendo todos seus poderes ao tentar matar o garotinho. 

Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, somos ingressados junto com Harry no mundo de Magia e Bruxaria, e juntamente com ele, somos convidados a desvendar os mistérios que cercam a sua vida e a morte de seus pais, que  não serão descoberto no primeiro livro, mas ao longo de todos os sete.

Pra mim, é isso que torna a série tão especial. Não são fatos aleatórios, dramas aleatórios que se resolvem sozinhos. A solução de um mistério sempre leva a outro e, ao chegar no final da história, você encontra a solução em uma coisa simples que passou batido lá atrás. É como matemática. Aprender equação não te livra das contas com frações aprendidas na sexta série – te obrigam a colocá-las em prática. 

Podemos não só observar, como também viver a loucura que foi para o bruxinho de onze descobrir que assim o era, quando passou a vida achando que era apenas um menino normal, e se ver em um mundo completamente novo: um mundo onde tinha amigos; um mundo onde não era tratado como escória; um mundo mágico não só por oferecer a magia propriamente dita, mas por ter transformado uma vida medíocre e solitária em um vida que realmente valia a pena. 


A carta que Harry recebeu que mudou completamente a sua vida. Saiu feliz da casa dos tios para residir e estudar no castelo da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde, sob a proteção do maior bruxo então conhecido, Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, o mundo de varinhas, poções e criaturas mágicas é revelado a Harry, mundo ao qual ele pertence. Contudo, Hogwarts, que parecia ser a resposta para todos os problemas de Harry, traz consigo mais questionamentos. Por que Voldermot queria matar seus pais? Por que ele sobrevivera? Por que Serevo Snap, professor de poções, o odiava tanto? 

A magia de Harry Potter não começa com os feitiços: começa na amizade de “um grupo de deslocados”, como diria Hagrid lá na frente: Harry, um bruxo que era famoso em toda comunidade mágica mas não sabia que era e nem queria ser; Hermione, uma bruxa muito inteligente que sofria grande discriminação por não ser de “sangue puro” (Hermione era filha de trouxas, isto é, seus pais não eram bruxos); Rony, um menino que podia até ser sangue puro, mas vinha de uma família humilde, cujo pai era chamado de “traidor do sangue” por se relacionar com trouxas e com bruxos nascidos trouxas; e Hagrid, um cara enorme e amante de criaturas estranhas e perigosas, que apesar de não fazer parte do trio principal, é de suma importância tanto pro desenrolar da série quanto pra vida pessoal do Harry. 

O que Harry Potter nos ensina do princípio ao fim é que a  amizade e amor verdadeiros são mais poderosos que qualquer tipo de magia; que conhecimentos científicos (chamo-os de científicos porque no livro a magia é concreta e tangível) são úteis apenas àqueles que tem coragem e sabedoria para usá-los; que mesmo nesse mundo onde não há um deus ou qualquer outro ser supremos encarregado de estabelecer justiça, ela continua existindo, continua mostrando às pessoas os frutos de suas semeaduras. É a Lei da vida, meu amigo. 

Outra coisa que chama minha atenção a respeito da amizade é que os livros de J.K Rowling transmitem a ideia de não dá pra se virar sozinho. Que me perdoem as pessoas do movimento “Independência ou morte”, mas na vida, ninguém é feliz sozinho. Não adianta bancar a mulher que se sustenta e troca lâmpada como se essas coisas representassem auto-suficiência de alguém:  não há felicidade na solidão. Espero, de coração, que todos entendam o real significado de ter alguém, que todos aceitem a verdade de que fomos feitos uns para os outros, que devemos ser uns pelos outros, porque o amor que não é compartilhado com alguém perde o seu real significado. 

É uma resenha diferente rs, eu sei, mas avisei que seria. Não vou fazer uma análise técnica ou nem mesmo um resumão para aqueles que precisam entregar um trabalho sobre o livro quando voltarem das férias: é apenas a minha incrível experiência com um Harry tão presente em meu dia a dia, um Harry que leio como vivesse ao lado dele, o que aliás, é um pouco do que acredito. 


 Como disse a própria J.K em resposta a uma fã no Twitter“Todas essas pessoas dizendo que nunca receberam suas respectivas cartas de Hogwarts: vocês receberam. Vocês foram para Hogwarts. Estivemos todos juntos nessa”. E para finalizar, Rowling ainda tuitou uma frase de Dumbledore“É claro que aconteceu dentro da sua cabeça, mas por que isso significa que não foi real?”

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Resenhas!



Na primeira vez na minha vida que eu peguei um exemplar de Harry Potter eu o devolvi à prateleira sem muito interesse, apesar da insistência da minha mãe para que eu o lesse. Eu era muito mais teimosa aos onze anos do que sou hoje.

Fugi de Harry por alguns meses, mas quando laçaram Harry Potter e o Enigma do Príncipe naquele mesmo ano, fui arrastada até o cinema pela minha vizinha e quando voltei, toda minha resistência com o bruxinho havia acabado. Aliás, obrigada Luana, por ter me levado naquele dia, por ter me emprestado todos os livros da série :)


Se no início eu eu lutava contra todos os esforços das pessoas para me trazerem para esse mundo de Magia e Bruxaria, hoje luto contra todos os esforços do cotidiano e de uma vida cada vez mais adulta para sair dele.

Essa seção de resenhas está sendo feita para compartilhar com vocês minhas viagens em livros que me conseguem me levar para longe, mostrando os meus gostos literários e o meu ponto de vista sobre cada um deles, o que pode se tornar mais interessante do que o normal, porque sou do tipo de pessoa que tira filosofia de vida até mesmo assistindo um desenho da DreamWorks, e acredite, eu sempre coloco em prática.

Optei por Harry para começar porque foi com ele que eu decidi que queria escrever. Eu sempre soube que tinha aptidão, mas era como uma pedra a ser lapidada dentro de mim. Naquela época, entre onze e treze anos, eu escrevi quatro livros de um mundo mágico que criei (que ninguém se espantaria ao perceber que lia quase uma cópia de Harry Potter), e agora, já crescida, já em processo de lapidação, não poderia deixar de prestigiar a obra que tanto me incentivou.

Não prometo postar uma resenha por semana (algo impossível se você fizer a partir de suas próprias experiências), nem mesmo a cada quinze dias, mas farei o possível para deixá­-los informados. O que posso prometer é que todas as resenhas feitas aqui serão de livros que eu realmente li, ou então Rossana, se a postagem for dela.

Estou apta a todo tipo de sugestão que vocês tiverem: usem os comentários para isso, para concordarem, discordarem, enfim... Sou toda ouvidos!

Amanhã eu trago para vocês Harry Potter e a Pedra Filosofal segundo a perspectiva de aluada que entra em cada livro que lê!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quem é Zeca Baleiro?

Foto: divulgação.

Nordestina nata que sou, amante alucinada pela nossa cultura regional e apegada aos meus conterrâneos, não posso negar que me sinto toda orgulhosa quando encontro com um nordestino talentoso. Não era tão ligada assim à minha terra, e grande parte disso veio do que pude guardar e perceber nos quatro anos que morei em São Paulo: as pessoas lá fora tem uma visão preconceituosa a respeito de nós, nordestinos. Lá fora (eu falo como se fosse uma cúpula ou algo assim rs) eu criei a necessidade de preservar em mim o meu tão amando nordeste e mostrar às pessoas que muitas vezes agiram com discriminação comigo (nada muito sério, na verdade, mas nem todo tipo de gracinha passa batido) o quão rica é a nossa terra.

Deixando para outra oportunidade a defesa do meu sertão com apresentação de fatos e argumentos, venho hoje falar um pouquinho a respeito de um nordestino que faz um sucesso danado nesse Brasilzão de meu Deus, que infelizmente eu nem conhecia tão a fundo antes que ele viesse aqui na minha cidade no último Natal.

Zeca Baleiro, nascido  José Ribamar Coelho Santos, maranhense, é um grande compositor da música brasileira que começou lá de baixo, compondo para teatro infantil, mas desde essa época, destacava-se pelas suas letras, que como podemos ver hoje, são realmente fantásticas. Ele ralou muito pra chegar onde está, mas não perdeu o seu bom humor, manteve sempre seu jeito excêntrico e tá aí, nos proporcionando uma música brasileira tão diversificada e tão brasileira quando se pode ser.

Senti em mim algo maravilho quando estive no show dele aqui em Vitória da Conquista, algo realmente mágico ligando o público com o artista através de uma paixão que ultrapasse séculos e barreiras: a músicas. Nunca tinha estado em um show antes, e ali, bem pertinho do palco, gritando em uníssono “Toca Raul” com todas as pessoas que estavam lá, encantei-me mais uma vez com isso que a música é capaz de fazer com a gente. E o Zeca, é claro, contribuiu pra tudo isso, cantando de corpo e alma.

Como, infelizmente, eu não nasci pra música, não sei cantar, nem tocar nem nada disso, fico apenas com a música alheia que tanto me serve de inspiração , tanto me emociona e quero hoje transmitir a vocês, para que possam não só conhecer mais a fundo o trabalho do Zeca, mas também se emocionarem e encantarem com a beleza da nossa música nacional!

P.S.: o show do Zeca aqui na cidade foi tão maravilhoso que me proporcionou experiências não só musicas, e ainda gerou com fruto essa poesia aqui que fiz no dia seguinte ;) <3

1. Lenha


2. Heavy Metal do Senhor




3. Onde anda Iolanda? 

4. Quando ela dorme em minha cama



5. Samba do approach



6. Toca Raul 


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Layout: Fernando Sousa| Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©