quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Geleia de Pitanga




Eu sei, eu sei, isso na foto são morangos, mas não se preocupe, a geleia é de pitanga mesmo!


Prometi no último post sobre pitanga que traria uma receita e voialá, eis aqui. Demorou porque eu queria eu mesma fazer, sabe, pra compartilhar uma experiência real e poder mostrar o que de fato aconteceu, além das receitas que vemos na internet.


As pitangas foram colhidas no pé que tem aqui no quintal do Ibama e, infelizmente, creio que foram as últimas. Por ter sua vida útil muito curta após colhida, se você não tiver um pé aí por perto vai ser muito difícil encontrar nos mercados, e caso encontre, provavelmente vai achar mais viável plantar um pé em casa e esperar crescer, porque a “cereja brasileira” é carinha. 

Pausa para contemplar minha cara de feliz enquanto me arranho, me sujo e caem insetos nos meus olhos. :) 

Vamos aos ingredientes.

Esse é o momento que você se decepciona ao saber que não foi com minha avó que aprendi a fazer a geleia, foi na internet mesmo, então essa receita vai ser praticamente igual às outras.


Não faço a mínima ideia da quantidade de pitanga que usei, uma vez que não pude pesá-las em nenhum lugar. E se você, assim como eu, é uma pessoa normal e não anda com uma balança pra cima e pra baixo, não se preocupe, dá pra medir as quantidades tranquilo. 




Ingredientes:

·         Para cada quantidade de pitanga, ¾ de açúcar;
·         Água;
·         Casca de maçã.

Parece brincadeira, mas não é não, é só disso mesmo que você precisará para fazer a sua deliciosa geleia. Embora provavelmente não seja necessário explicar, mas se você tiver 100g de pitanga, adiciona 75g de açúcar. Se forem 200g, 150g e assim por diante.


Modo de preparo:

Primeiro, você precisa tirar todos os cabinhos presentes na pitanga, porque eles podem comprometer o resultado final da sua geleia. 


Pode ser que você leia em alguns lugares que você precisa retirar as sementes antes de começar a preparar e em outros que não tem problema fazer tudo junto, porque as sementes acabam saindo. Eu optei por colocar as frutinhas na água e deixá-las ferver até que as sementes se soltem sozinhas antes de começar a preparar, porque é mais "prático" (seria, se eu não fosse tão apressada) e te dá mais garantia de um bom resultado, mas fica a seu critério. 

Início do processo. 
Onde eu li tava dizendo que em quinze minutos as sementes se soltariam sozinhas, e talvez nem tenha passado quinze minutos, mas quando eu vi que tava demorando mais do que eu queria, comecei eu mesma a tirá-las com as mãos, o que não foi difícil porque elas já estavam começando a soltar. 


Resultado: minhas mãos ficaram como quando a gente fica tempo demais mexendo com água. 


Depois da minha brilhante ideia (aconselho-os a deixar as sementes saírem por si só), levei toda a poupa da fruta ao fogo com um tiquizinho de nada de água (sou ótima com precisão de medidas) e mais de ¾ de açúcar. Na verdade, gente, creio que no início eu tenha colocado a quantidade certa, mas como não via nada “geleiar”, taquei açúcar. Depois do grande feito que fui lembrar da casca de maçã, que serve com catalisador na hora do cozimento.


Tudo bem, tudo bem, Wellington falou e eu também concordo que durante o cozimento ela não tem uma aparência muito boa, mas não se preocupe, sua geleia não vai ficar parecendo uma panela de camarão. 


Essa foto foi antes de colocar a casca de maçã (só precisa ser de uma, gente) e foi incrível como, instantaneamente, ela começou a mudar de forma assim que coloquei a casaca. 


O ideal é que você deixe esfriar antes de comer, mas quando eu quero comer alguma coisa, não ligo muito pra esse lance de ideal não.


Adicionei uns morangos que o lindo do meu pai me deu (veelho, eu sou a louca dos morangos) e ficou uma delícia comer os dois juntos. 


Pra quem quer fazer em grandes quantidades basta colocar umas gotinhas de limão durante o preparo para poder conservar a geleia por meias tempo. Lembre-se de guardar em potes de vidro muito bem esterilizados, okay?

 
A geleia ficou sensacional. Aquela mistura de doce e azedo típica da pitanga, que dá uma sensação de que tem algo explodindo na nossa boca, se intensificou. Ficou um pouco mais doce do que eu queria, mas como eu não gosto de nada muito doce, posso nem falar nada.

Você pode servir com torradas, bolacha de sal, cookies e o que mais você quiser. Como lá em casa a gente é rebelde, comemos com morango e com pão - fica maravilhoso, sério!

É isso pessoal, espero de coração que tenham gostado, Pretendo trazer mais receitas pra vocês, mas não posso garantir que será em breve nem com muita frequência porque quero eu mesma fazer as coisas.

Obrigada por nos acompanharem até agora! Compartilhe o Aurora no Papel com seus amigos que gostam de ler, seus pais que gostam de música, seus professores que  gostam de comer... Não necessariamente nesta ordem!


                                           Deus os abençoe!        

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